terça-feira, 13 de setembro de 2011

ESCRAVIDÃO NA ROMA ANTIGA


A escravidão na Antiga Roma era diferente da escravidão africana que conhecemos, na verdade a escravidão romana era somente uma absoluta redução nos direitos daqueles que ostentavam essa condição, convertidos em simples propriedades dos seus donos. Quando pensamos na palavra escravidão têmos que nós transportar a época e local, para podermos entender a civilização no momento de sua existência. Vejamos esse escravo tinha algum tipo de direito, ou seja era um objeto com direitos, um bem que era possuido por alguém ou uma família, o seu amo possuia direito sob sua vida e sua morte, mas tinha obrigações para com essa vida, por exemplo tinha que alimentá-lo, cuidar de todas as suas necessidades e não podia dispor de sua vida sem um motivo devidamente justo, mas não nós esqueçamos que sacrificá-lo a algum tipo de Deus era um motivo justo. Outro poder semelhante era de domínio do marido sobre sua esposa.
Quando o escravo era liberto (realizado a manumissão), tinha o direito a liberdade, porém ainda possuia status de escravo, não participava de decisões e nem poderia se casar com uma mulher livre e essa liberdade limitadora não permitia que usufruisse de certos locais, nem pudesse adquirir uma própriedade. Essa regalia era mais conhecida entre as mulheres e escravos próximos a família, escravos de minas e agricolas quase nunca eram libertos.
A palavra escravo vem do latim servus, porém escravos domésticos levavam o nome de ancillus que significava do lar. O escravo nascia escravo e morria escravo, mesmo que liberto nunca possuiria a liberdade completa, pois sempre levaria o status de escravo, porém alguém livre poderia virar escravo caso fosse fruto de conquista e nunca mais ser completamente liberto.
Os conquistados transformados em escravos em sua maioria diferentes em costumes linguas e/ou cor de pele. Na roma antiga mais de 30% da população era escrava, quanto aos nascidos livres e romanos preferiam a morte a ter que se tornar escravos de alguém ou principalmente de um povo bárbaro, ou seja não romano.
Até o século III, os Romanos podiam tornar-se escravos por dívidas, isto era o nexum. Até a sua abolição, este tipo de escravização provocava o descontente da plebe. O escravo romano é descrito por Plauto como um membro da família. O status social de um romano era medido pelo número de escravos que possuía. Os escravos trabalhavam todos os dias salvo durante as festividades. Todas as campanhas militares traduziam-se na importação de uma grande quantidade de escravos, às vezes toda a população vencida, como ocorreu durante a destruição de Cartago em 146 a.C. No século IV o Império Romano oficializou o cristianismo, sem mudar o princípio da escravidão. Com a queda do Império Romano, a escravidão perdurou, mas houve um regresso a uma economia essencialmente rural, na que a servidão medieval substituiu a escravidão.

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