sábado, 10 de setembro de 2011

BRUXAS




Muitos mitos, são transformados em realidade, pela influência de outrem, em nosso caso caminham conosco desde o final da antiguidade inicio da idade média. A mulher que se entregava ao diabo não deixou de ser algo oriundo do imaginário, descrita em uma das peças mais lindas da história que foi “A clássica cena imortalizada por Shakespeare em Macbeth, onde três bruxas dançam nuas”.
Eram descritas como criaturas, temidas e mal encaradas, velhas de nariz um tanto adunco, queixo espetado com pelos cavernosos; dançam com o Diabo e para o Diabo, reúnem-se nas encruzilhadas, deitam maus-olhados e chupam o sangue das criancinhas, ainda há as benzedeiras. Apesar de a Inquisição ter destruído grande parte da população as quais eles chamavam de bruxas, o certo é que, hoje ainda são toleradas, continuam a serem vistas e sua maioria ainda vivem numa quase clandestinidade.

Receitas da Igreja Católica para se prender ou reconhecer uma Bruxa:
·         Se num casal nascem sete rapazes, o último será lobisomem; se sete mulheres, a última será bruxa.
·         A criança que chorar três vezes no ventre da mãe ficará fadada com poderes sobrenaturais e poderá ser adivinho ou bruxa.
·         Quando alguém, tido com poderes de bruxaria, estiver para morrer, só finará quando lhe entregarem uma peneira; a pessoa que faz a entrega da peneira ficará com os poderes de bruxaria.
·         Nas encruzilhadas, os cruzeiros e as cruzes afugentam os demónios, as bruxas e as assombrações.
·         Quando se passa por alguém que se julgue com poderes de bruxaria, devem cruzar-se os dedos indicador e médio (figa).
·         Se chover e fizer sol ao mesmo tempo é sinal de que as bruxas estão a pentear-se.
·         Quando o lume da lareira começa a dar estalidos, é porque estão as bruxas a mijar nele.
·         É crença vulgar que as bruxas andam vestidas de branco.
·         A criança que tem gravada no céu da boca uma cruz da forma dos “pintos”, será bruxa ou bento.
·         As bruxas berram nos telhados como os gatos. Mal pressentem os bebés, correm para eles para os chuparem. Quando assim é, deve-se deitar para o telhado umas pedrinhas de sal, para que elas fiquem entretidas a apanhá-lo. Esta crença surge por julgar-se que aquelas criaturas são obrigadas a contar todos os grãos antes de poderem produzir qualquer malefício.
·         Quando alguém passa descalço por um sítio onde um burro se tenha espojado, deve cuspir para que as bruxas não o incomodem.
·         Depois da meia-noite é perigoso passar por um cruzamento: é lugar de encontro de bruxas e lobisomens.
·         As bruxas encontram-se nas encruzilhadas nos dias de S. João e de S. Tomás, nas vésperas de Natal, nas sextas-feiras e sábados.
·         As bruxas retiram durante a noite os bebés dos leitos e jogam com eles nas encruzilhadas; pela manhã, colocam os meninos nos berços, sem que as mães dêem conta.
·         Para que as bruxas e feiticeiras não entrem em casa e na família, faz-se o seguinte: uma mistura de aipos, aniz, pão de trigo ralado e três pedrinhas de sal, tudo metido numa bolsinha que se prende atrás da porta da entrada.
·         As bruxas andam nas encruzilhadas e ao pé dos rios e correm as aldeias com luzes na mão.
·         Para afugentar as bruxas e feiticeiras, apanha-se um pouco de alecrim, arruda e terra do cemitério, misturando tudo num caco ou numa panela. Com estes ingredientes ao fogo e faz-se um defumadouro, que se colocará numa encruzilhada.
·         A mesma receita anterior poderá ter como destino a ribeira. Porém, quem executar este trabalho deverá deitar o caco para trás do ombro e não olhar para trás, para o Diabo não vir tentar, enquanto reza um Padre Nosso e uma Avé Maria.
·         Se uma bruxa estiver na igreja e se se deixar o missal aberto ou se deitar na pia da água benta uma moeda com uma cruz, ela não pode sair de lá.
·         Para que acabe o feitiço que as bruxas lançam às crianças, que as impede de mamar, fazem-se defumadouros com certas ervas do campo, a que se mistura água benta, sendo então passadas pelo fumo. A cinza restante coloca-se num caco, numa encruzilhada.
·         Uma bruxa não pode morrer sem entregar os novelos do seu fadário. Daí o ser perigoso pegar nas mãos das ditas quando estão para morrer.
·         As bruxas costumam entrar pelas fechaduras das portas e bebem o vinho das adegas.
·         As bruxas costumam montar em burras, com as costas viradas para a cabeça do animal.
·         Se uma bruxa entrar na casa de uma pessoa e esta quiser ter a certeza de que ela o é, esconde uma vassoura atrás da porta, virada ao contrário, ou deita um banco de pernas para o ar. A bruxa não consegue sair.

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