MITOLÓGIA

Deusa Brigth(Brigida, Bridt, Bride)




Desde os tempos mais remotos da humanidade que o papel das deusas esteve sempre relacionado com a força feminina que interveio na criação do Céu e da Terra. Segundo a cultura, a religião ou a raça, umas falam de virgens, outras da união do yin e do yang (sendo o yin a parte feminina da criação), do eterno feminino divino, da grande 'mãe', da criadora... Há inclusive quem reconheça uma parte feminina nascida de Deus e esta divindade é denominada 'deusa'.



Esta emanação feminina encerra todos os atributos do Universo: criação, destruição, transformação, proteção, amor, vento, chuva, etc. Nestes tempos de ruptura de modelos e de respeito pela voz das mulheres, a deusa levantou-se do silêncio imposto por certas culturas e religiões e deu lugar a estudos não só de índole espiritual, como também de outras ciências como a antropologia, a sociologia, a psicanálise, a literatura, etc.



Isto permitiu descobrir que aquilo em que se acreditava como mito é ao mesmo tempo uma parte muito real do nosso mundo quotidiano. Este sagrado feminino representado pela deusa convida-nos a tentar alcançar um mundo mais rico e equilibrado. A força espiritual que advém do eterno feminino divino, honrado para todo o sempre, permite-nos aproveitar, durante o ano, não só a sua proteção, como também a sua sabedoria quotidiana para fazer do dia-a-dia uma experiência de motivação e estímulo.

Deusa Grega - Atena



Nascimento da Deusa

Quando Métis (tradução do grego Conselheira e/ou razão) a primeira esposa de Zeus (Júpiter pelos romanos) engravidou este induzido por Hera sua segunda esposa, consultou o oráculo, o qual informou que seria precedido por seu filho primogênito, então para evitar destino semelhante ao do seu pai, Chromos, o qual foi condenado a viver eternamente no tártaro (local mais baixo que o mundo inferior e/ou mundo dos mortos, também sincretizado como inferno) pelo próprio filho que o precedeu Zeus.
Convidou Metis e alguns outros deuses para uma brincadeira divina, onde cada um se transformaria em um animal diferente e Métis empolgada com a diversão esquecendo-se de seu maior dom a prudência, motivo que os romanos a chamavam de “Prudência”, por sua vez, ela acabou se transformando em uma mosca, assim Zeus a engoliu.
Métis não tendo como escapar foi para a cabeça do marido alojando-se por lá durante sua gestação deixando naquele local sua única filha e permanecendo escondida condenada ao esquecimento, somente sendo lembrada por alguns deuses quando esses necessitavam da razão motivado por algum empasse.
Mas com o passar dos anos, Zeus sentiu uma forte dor de cabeça e pediu para Hefesto (seu filho com Hera, deus do fogo e da forja o ferreiro divino, também conhecido pelos romanos como Vulcano) que lhe desse uma machadada na cabeça no intuito de aliviar a pressão, foi então que Atena já adulta saltou de dentro do cérebro de seu pai, vestida de armadura e elmo, portando seu escudo e lança. Na mitologia grega Atena é a filha predileta de Zeus, mas esse só deixou-a viver porque era mulher, onde não poderia precedê-lo ao trono.

Caracterização da deusa

·      Lança, elmo e escudo de Atenas: alguns escultores gregos esculpiam suas estátuas com esses materiais mais o principal significado e que ela é a deusa da guerra mas não o lado da luta sangrenta e perdas humanas, mas os motivos principais que levaram a disputa a vitória e a paz.
·      Outras esculturas representativas de Atena: ela aparece segurando em uma das mãos a miniatura da deusa Nike (deusa representativa da vitória, também conhecida pelos romanos por esse nome Victória), uma pequena imagem feminino alada, muito confundida séculos após pelos romanos com um pequeno anjo da guarda. Uma curiosidade é que Nike, tão pequenina sempre fora carregada por outros deuses que teriam em seu biótipo a vitória, mas está não trás a vitória somente a representa sendo comum na mitologia greco-romana ser encontrada segura por Atena ou seu pai Zeus.
·      A coruja imagem típica de Atena: representante da sabedoria e filosofia, mitos contam que Atena compartilhou grande parte do conhecimento do pai enquanto crescia dentro de sua cabeça e herdou a razão e prudência de sua mãe, também seus poderes, bens e mascotes entre eles as corujas.
·      Atena, também era considerada a deusa a pureza, das esposas castas e das princesas virtuosas, pois virgem, toda sacerdotisa de Atenas deveriam nunca conhecer um homem e dedicar-se aos estudos e ofícios coisas que não era comum para época, logo as moças desejosas do conhecimento só poderiam dedicar-se a este se fossem devotas à deusa não podendo, ser tocada por um homem, nem repreendida por seus pais. Atena permaneceu nesta condição por toda sua existência, ela pedia para que os deuses enamorados não se apaixonassem, temendo ficar grávida e tendo que deixar sua vida de guerras e passar a viver em uma vida doméstica.
·      Atena também é sincretizada e representada por alguns escultores gregos junto a uma serpente, que é o símbolo da sabedoria, assim como envolta da árvore do conhecimento em gêneses pelos cristãos, muitos deuses mitológicos como portador de tal símbolo, bem como da cura e regeneração, assim como Atena, temos o famoso deus do sol seu irmão Apollo que carrega em seu escudo tal símbolo, porém como cura e regeneração.

Maior símbolo da deusa Atena

O maior símbolo da deusa Atena e a cidade que leva seu nome, Atenas foi a principal cidade-estado na Grécia Antiga de 500AC á 300AC, conhecida como a Idade do Ouro, o principal centro cultural e intelectual do Ocidente, e certamente o berço da civilização ocidental como a conhecemos após seus altos e baixos hoje. Após seus dias de grandiosidade, Atenas continuou a ser uma cidade próspera e um centro de estudos até o período tardio do Império Romano. As escolas de filosofia foram fechadas em 529DC depois que o Império Bizantino foi convertido para o cristianismo. Atenas perdeu bastante o seu status e se tornou uma cidade provinciana. Modificando-se durante os séculos seguintes, bizantinos, cavaleiros franceses, italianos, otomanos, sendo praticamente toda destruída e inabitada até 1833, quando foi estabelecido o Reino da Grécia, tornando Atenas sua capital. Iniciando assim sua reconstrução e expansão. Teve uma pequena parada no crescimento durante a ocupação da Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial e retornou o crescimento quando entrou para União Europeia em 1981.
Atenas é um dos maiores centros mundiais para a pesquisa arqueológica, uma vez que possui inúmeros sítios arqueológicos localizados no próprio centro urbano da cidade. Dentre eles se destaca a Acrópole (uma espécie de bairro), o antigo centro sagrado da cidade, célebre em todo o mundo tanto por sua relevância histórica como pelas ruínas de edifícios clássicos importantes como o Parthenon e o Erecteion. Além disso, a cidade sedia várias instituições nacionais e organismos internacionais voltados para a arqueologia, como a Universidade de Atenas, a Sociedade Arqueológica, o Departamento de Cultura da Grécia e diversos museus de antiguidades, nos quais se destacam o riquíssimo Museu Arqueológico Nacional, o Museu da Acrópole de Atenas, o Museu Benaki e o Museu Bizantino e Cristão. Também sedia conferências, encontros e exposições internacionais sobre o assunto. Com isso a cidade atrai estudiosos de todo o mundo. Além das relíquias arqueológicas as igrejas ortodoxas são uma atração à parte, com diversas espalhadas pela cidade, algumas muito antigas e com uma decoração interna luxuriante, com destaque para a Catedral.

PARTENON


O Parthenon foi um dos muitos templos da deusa grega Atena, destinado aos seus feitos, sacrifícios e orações, utilizados principalmente por suas sacerdotisas, construído no século V A.C. na acrópole de Atenas (uma espécie de montanha santa, onde foi construída a maioria dos grandes templos gregos). É o mais conhecido dos edifícios remanescentes da Grécia Antiga e foi ornado com o melhor da arquitetura grega. Suas esculturas decorativas são consideradas um dos pontos altos da arte grega. Símbolo da democracia, um dos maiores monumentos culturais do mundo. O nome Parthenon parece derivar da monumental estátua de Atena Partenos abrigada no salão leste da construção. Esculpida em marfim e ouro por Fídias e seu protegido conhecido na época por parthenos (que em grego significa "virgem") refere-se ao estado virginal da deusa. Com todas as invasões sofridas pelo povo grego foi utilizado como todo tipo de edifício até por fim um depósito de munição que explodiu em 1687, atacado pelos turcos causando sérios danos a estrutura do prédio e suas diversas alas e esculturas, algumas até mesmo irreparáveis, depois de saqueado tendo suas esculturas grandes e pequenas em visitação pelos museus do mundo inteiro.

Erecteion


A maioria dos templos construídos na acrópole foi dedicada a Atena e esta por algum motivo o dividia com outros deuses como o Erecteion, é um templo grego consagrado a Atena, Poseidon e Erecteu (mítico rei ateniense). Foi construído entre 421 a 406 AC., por Mnesicles um dos poucos monumentos elevados, ou seja, acima do plano normal da cidade para ficar a altura do Paternon, considerado na atualidade um dos lugares mais sagrados pelos Wiccanos por reunir diversos santuários primitivos, em seu centro possui uma grande fonte que não jorra água, porém os mitos locais descrevem como uma fonte de água salgada, mesmo estando muito distante do mar, ao seu lado uma Oliveira. Todo construído em duplicidade como se abrigasse aos dois deuses comumente. Muito mais luxuoso e decorado do que o próprio Paternon. Existem dezenas de fragmentos conservados no Museu da Acrópole. Um dos mitos locais descritos na Iliáde conta a existência de templo dedicado ao rei Erecteu onde vivia uma serpente, à qual se oferecia um bolo sagrado cuja recusa era tomada como sinal de mau agouro para os atenienses.

Resumos dos Mitos mais conhecidos de Atena


1.    Patrona da Cidade de Atenas
O rei Cecrops precisava escolher qual seria divindade patrona da cidade que acabara de fundar. Dois deuses em particular apresentaram-se interessados, Poseidon e Atena. Diante desse empasse uma vez que ambos os deuses eram muito queridos pelo povo o rei decidiu fazer um teste, então pediu que os dois presenteassem a cidade com algo de grande valor.
Poseidon adiantou batendo com seu tridente na terra vigorosamente na terra e imediatamente surgiu uma fonte de água, mas tratava-se de água marinha salgada, e, portanto de pouca utilidade para a população. Atena seguiu o mesmo exemplo do tio e onde bateu com sua lança apareceu um ramo de oliveira, criando a árvore como o símbolo da paz e da prosperidade.
Como um desafio Poseidon novamente deu um toque com o tridente e apareceu um lindo cavalo negro correndo pelos campos. Atena novamente com seu sábio toque ensinou o homem a domar o cavalo para que este pudesse auxiliar no transporte e ofício. Cecrops ficou muito impressionado com o presente da deusa, e escolheu Atena como divindade nomeando a cidade em sua homenagem: Atenas. A oliveira passou a ser o símbolo da cidade, bem como a coruja de Atena.
Poseidon não ficou satisfeito com a escolha do rei e amaldiçoou a cidade a nunca ter água suficiente para abastecer sua população e quando foi proferir a segunda maldição gentilmente sua querida sobrinha interviu solicitando que se construísse um lindo templo para Poseidon, o qual sempre seria lembrado pelos atenienses. O problema de abastecimento de água em Atenas persiste até hoje.



2.    Voto de Minerva
Voto de Minerva é o que decide uma votação que de outra forma estaria empatada. O termo se refere ao episódio da mitologia grega em que a deusa Palas Atená (Atena) (que corresponde à deusa romana Minerva, sincretização da deusa grega Atena) preside o julgamento de Orestes. Este, vingando a morte do pai, Agamenon, havia matado sua mãe, Clitemnestra e o amante, Egisto, responsáveis pelo assassinato de Agamenon, logo após este haver retornado da guerra de Tróia.
Segundo a tradição, aquele que cometesse um crime contra o próprio genos era punido com a morte pelas Erínias, seres demoníacos para as quais o matricídio era o mais grave e imperdoável de todos os crimes. Sabendo do castigo que o esperava, Orestes apelou para o deus Apolo, e este decidiu advogar em favor daquele, levando o julgamento para o Areópago. As Erínias foram às acusadoras e Atena presidiu o julgamento. A votação, num júri formado por 12 (doze) cidadãos atenienses, terminou empatada. Atena, então, proferiu sua sentença decisiva, declarando Orestes inocente.



3.    Medusa
Em uma das versões desta mitologia Poseidon que era tio, mas também amado de Atena, inconformado com o fato de não poder tê-la já que esta preferia manter-se virgem, procurou por uma mulher semelhante a ela.
A Górgona Medusa sabedoura das intenções de Poseidon disfarçou-se de Atena e seduziu o deus do mar dentro de um de seus templos o Erecteion. Atena ao descobrir o feito de Medusa transformou-a em uma criatura horrorosa juntamente com suas irmãs, obrigando-as a conviverem com suas monstruosidades, porém foi mais além com a vingança contra Medusa, pois além de transformar seu lindo cabelo em ninhos de cobra e todo aquele que olhasse para ela em estátua de pedra, tirou-lhe sua imortalidade, condenando-a a viver o restante de seus dias dentro do templo onde manteve a traição com Poseidon.

BIBLIOGRAFIA
acesso em 13/06/2011 – 23:50h

acesso em 14/06/2011 – 00:59h

acesso em 14/06/2011 – 09:20h

Trabalho Assinado por:
Bruna Carolini Schimidt - 1º Ano do Ensino Médio - Atena
Orientado por:
vlschimidt